A partir do século 20, a medicina obteve um avanço fenomenal que superou milênios de experimentações até a consolidação do conhecimento científico mais recente. Acompanhei um pouco dessa evolução dos métodos a partir de meu avô graduado na antiga Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha no Rio de Janeiro, contemporâneo de Osvaldo Cruz e Carlos Chagas quando ainda jovem estudante. Sua biblioteca continha um livro de anatomia original em francês, o “L’ Testut”, passado de mão em mão até chegar a mim, que o guardo com grande respeito. Enciclopédias de Clínica Médica e Pediatria, periódicos de Radiologia e uma gama enorme de literatura médica valorizada ao máximo em seu conteúdo fizeram parte da aura que nutriu meu interesse pela arte médica, além das conversas por longas horas sentado frente a frente com o decano da profissão em minha cidade à época. Ele se foi, mas fez a semeadura.